quando era criança todos os meus sonhos se tornavam recorrentes numa unica faceta: eu terminava morto! seja porque fosse furado por uma espada num duelo de espadachins, em que eu herói, supostamente, era de fraca pericia e não terminava uma unica vez vencedor; seja porque aparecia em cena a mitica figura de conto infantil designada por lobo mau( por vezes era uma alcateia destes queridos animaizinhos),acabava sempre, por muita velocidade que as minhas pernas tomassem, na barriga do temível(eis) bicho(s)...enfim, desse por onde desse, caindo, sendo engolido, espadeirado, engolfado, entrincheirado entre duas paredes, nunca, por nunca ser, terminava incólume um sono que fosse...acordando sempre com suores frios ou uma que outra vez caindo da cama encaixando a face no penico, felizmente vazio ...
mas isso era quando era criança e tais sonhos foram sendo substituidos com o passar do tempo por outros de destino menos trágico, em que por vezes até me calhava ficar com uma, ou duas, heroínas nos braços-felizmente os sonhos valem também por isso,como uma espécie de fuga da (a)normalidade diária...- ou acabando por terminar o sonho da maneira que o escreveria se fora eu o seu autor como muitas vezes me sinto, sem no entanto,plenamente, o ser( muitas vezes dou por mim a pensar:"bolas , isto daria um belo script de cinema ou mesmo um tremendo livro policial,fora eu lembrar-me de tudo isto depois de acordar.."
de vez em quando acontece:lembramo-nos...
hj, por exemplo, lembro-me do meu sonho..enconstado a uma árvore, olhando o relógio , perto de uma favela, com o tm ligado esperando alguém,favela cheia de policiais, chega de repente um carro de onde saem variados tipos suspeitos com malas, dois dos quais se dirigem a mim com ela fisgada,deixando as malas largadas,bem tento escapar , mas não vou a tempo, e a policia, de repente, nem ve-la,apontam.me uma arma e tiram-me o relógio, o tm e tentam a carteira, não cedo e agarro a arma de um deles, mas não o consigo fazer muito tempo,e sinto o outro aproximar-se por detrás, dou-lhe um pontapé e perco a força da mão que tinha na arma, tento agarrá~la com os dentes,cerro-os sobre ela,mas derrapa e fica apontada na pior direcção...tudo fica negro...
bolas, acordo a pensar suando frio, voltei a ser criança...
 
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